Estilo Biah: Texto By Anna Alves

Hello People!!!

Acabei de ver uma postagem no blog da minha amiga Anna

e sinceramente só faltou chorar ao ler esse texto tão perfeito

e decidi compartilhar pra vocês:

O Muro

Eu tentei fugir. Tentei fazer meu coração nunca mais bater por alguém. Tentei não chorar, não borrar a maquiagem. Tentei ser firme, e cercar meu coração com muros de concreto, e nunca mais, nunca mesmo, alguém entraria lá sem minha permissão. Mas você pulou o muro, e sem nenhum segurança ver, pouco a pouco, infiltrou-se lá. Senti uma simpatia imediata por você, sabia? Então veio aquela amizade... Eu sempre suspeitei daquilo... As olhadas intensas, os abraços demorados, as brincadeira "sérias"...
E, sem perceber, enveredei na sua teia, como uma mosca. Nunca percebi que era um jogo, e me permiti te amar. Deixei meu muro de concreto e desilusões cair por terra. Nunca percebi que, para você, eu era só mais uma. Talvez "mais uma" mais difícil, que exigiu mais empenho, concentração e esforço. Mas, ainda assim, mais uma. Mais uma idiota pra sua coleção. Pra você juntar aos seus outros "troféus".
O muro, que já estava frágil, ficou mais ainda, e deixou de existir completamente. Mas aí aconteceu. Quando você percebeu que eu já estava garantida, você me dispensou. Eu, que tinha perdido tempo pensando em como nossos nomes ficariam bem combinados. No nome dos nosso filhos, em como e quando nós nos beijaríamos.
Quando eu percebi que você não era - e nunca fora - um príncipe, era tarde. Tarde demais. O muro, que levara anos, messes, dias, estava destruído, rachado, caído. Erguê-lo novamente demoraria, mas era minha responsabilidade. Hoje, ele está pronto, inteiro, maciço novamente. E dessa vez, eu jurei: Ninguém entrará nele sem permissão, sem passar por uma cuidadosa inspeção.
Redobrei os guardas. Mas, ó meu Deus! Veja aquele sorriso tentando entrar... Talvez ele possa entrar, não é? Dar só uma passeada, sair. Não vai fazer mal, não é?
Pois é. Talvez eu ainda seja a mesma boba crédula e romântica de antes. Talvez. Mas estou mais vivida e cautelosa. E você, nunca mais entrará no Muro.
(texto by Anna Alves)